quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sobre aranhas e revoltas


"Grandes poderes trazem grandes responsabilidades."
Tio Ben.


 O que eu acho muito interessante sobre a história do filme do Homem Aranha 2 é quando ele começa a perder os poderes. De repente ele não gruda mais nas paredes, o tanquezinho de teia do pulso acaba, e a sua super-força simplesmente desaparece.

No momento, o Homem Aranha era o único herói da cidade, sua missão era salvar as pessoas, e consequentemente, ele era pressionado a isso. Sua tia estava quase perdendo a casa, sua amada Mary Jane e seu melhor amigo estavam se afastando dele, perdeu o emprego e não estava dando conta da carga horária da faculdade.
Ou seja: Peter Parker estava pressionado por todos os lados para administrar sua vida dupla, sem tempo nenhum para ambas as coisas e seu lado aranha ainda era perseguido pela imprensa.

Todo esse caos na vida dele o levou a questionar seus poderes e se ele realmente queria ou era capaz de ser um herói. Esses questionamentos alimentaram uma revolta raivosa de si mesmo, e o fez perder seus poderes pouco a pouco, por falta de fé na própria capacidade. O Homem Aranha estava afundando nas próprias responsabilidades e perdendo seus poderes.

Ontem eu mostrei um lado "humano" dos heróis, e hoje eu quero compara-los conosco.

A grande questão aqui é que, como o do aranha-boy, também nos foram concedidos grandes poderes e eu quero focar especificamente um: o poder do amor.

"Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados."
1 Pedro 4:8
Poderes tão grandes nos trazem uma responsabilidade maior ainda:

"Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor."
1 João 4:8
"Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. "
1 João 4:16
Como aconteceu com Peter Parker, esses poderes perdem força dentro de nós quando damos espaço para dúvidas e questionamentos quanto à funcionalidade de tais dons.
E esses questionamentos muitas vezes acontecem quando nós não vemos a efetividade prática deles na nossa vida: plantar amor na vida de alguém tem um efeito bombastico e extremamente poderoso a longo prazo, mas não tem um efeito imediato e visivel. E esse tipo de poder que nao nos leva para as manchetes dos jornais, não nos dá holofotes nem nos faz famosos.

Amar é um heroísmo silencioso, que não deve ser desacreditado, nem desconsiderado.

Não devemos duvidar do que Deus entregou nas nossas mãos, nem duvidar do poder que o amor primeiramente entregue por Cristo tem para mudar vidas.

Jesus não desacreditou nisso no momento mais difícil de seu ato heróico, quando ele teve motivos para desacreditar dos reais motivos que o levaram até lá e ceder à pressão do nosso pecado. Ele foi até o fim por amor, não olhando para os defeitos e erros das pessoas. Repetindo:

"Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados."
1 Pedro 4:8
Quando olhamos para o humano das pessoas, para o lado negativo das situações geramos a mesma revolta raivosa que levou Peter a questionar sua responsabilidade como herói. Nossa luta não é contra nossos irmãos, mas contra influencias negativas que o mundo joga nas nossas vidas:

"Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão."
Efésios 6:12
Então não se revolte com seus irmãos em Cristo, se revolte com a falta de amor no mundo. E a chave para isso é acreditar que você tem o poder para amar. Não é o poder de sair voando, de se esticar como uma borracha ou lançar raios laser com os olhos.

Através de Deus, que é amor, temos o dom mais poderoso para mudar o mundo, e não devemos deixar que nossas dúvidas e revoltas roubem esse poder de nós.


CAMIS

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