“Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores.” Mateus 4:18
O ENCONTRO
Não foi Pedro que encontrou Jesus, e não é a gente que encontra Jesus. Ele nos encontra nos nossos problemas. Pedro foi encontrado na Galiléia, você pode ter sido encontrado no hospital, no seu escritório, na sua escola, no seu quarto, no seu desespero. Ele fazia o que era corriqueiro a ele (pescar) e Jesus chegou propondo algo louco (pescar).
Ao mesmo tempo que era uma proposta louca, perceba que Jesus não pediu pra Pedro, que possuía habilidade e experiência de pescador, pintar um quadro, ou construir uma casa. Ele propôs para o pescador de peixes, uma pesca. Mas uma pesca diferente. Dali pra frente, ele pescaria homens. Perceba que o convite de Jesus, ao mesmo tempo que mudaria o rumo da vida de Pedro, não ia mudar quem ele era, ou o que gostava/sabia fazer.
Deus um dia não inventou você. Ele não tava pensando em dinossauros nem estava namorando como dizem alguns cantores por aí. Ele não te inventou, Ele te criou. Criação custa inteligência, planejamento e sentimentos certos. Deus colocou isso em Pedro. A teimosia, a impulsividade e os muitos deslizes tentando acertar eram parte da personalidade de Pedro, tudo porque um dia Deus o criou, único. Assim ele também criou a mim e a você com dons e talentos específicos.
A VARA QUE TODO PESCADOR DE HOMENS PRECISA TER
“Tendo o chamado.. deu-lhe Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades.” Mateus 10:1
Logo depois que foi chamado por Jesus para o seguir, e de receber algumas instruções de como seria a nova pesca, surge um dilema. Com os peixes Pedro tinha moral, sabia os truques, conhecia o mar e cada espécie de cada criaturinha com nadadeiras que nadavam ali por baixo. Mas Pedro não conhecia NADA sobre essa nova pesca que Jesus propôs. Aí entra a diferença que faz você seguir o Mestre. O que Pedro fez foi seguir a Jesus, imita-lo, absorver dEle tudo que Ele tinha pra ensinar. Andar com Jesus vai acrescentar a sua habilidade uma coisa chamada AUTORIDADE. E se tratando de ministério, essa tal de autoridade faz toda a diferença. Digamos que ela é a vara de pescar que todo pescador de homens precisa ter. Ela não vem em livros, você não pode compra-la pela televisão e você também não vai encontrá-la num seminário, nem em lugar nenhum. Você encontra autoridade caminhando com Jesus,você recebe autoridade quando Ele libera a palavra, simples assim.
FÉ NA PRÁTICA
“Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas”. “Venha”, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus.” Mateus 14:28,29
Pra pescar peixes era preciso habilidades e conhecimentos básicos e muita paciência. Mas agora, no treinamento para pescar homens, Pedro precisou aprender sobre fé. Uma palavra tão curta mas tão densa. Ainda assim, a densidade da falta de fé de Pedro foi maior e, em uma tentativa de manejar essa nova ferramenta, ele afundou no meio do trajeto. Foi o único corajoso por aceitar o desafio. Jesus estava ali, sobre as águas, e chamou Pedro pra junto dEle. Sair do barco naquela situação era loucura, mas ele foi. O que aconteceu então? Se Pedro foi corajoso para dar alguns passos, o que aconteceu em tão pouco tempo pra que a experiência não obtivesse sucesso? O que pesou? O que o afundou?
O cérebro.
Calma, você não precisa amputar sua cabeça pra conseguir exercer sua fé, por favor não faça isso. Mas o que aprendemos com isso e a dica que você pode pegar dessa história é: Todos os seus cálculos, e toda sua noção de lógica, podem colocar por água abaixo a sua experiência de fé. Fé é a certeza das coisas que não se vêem, do absurdo, do sobrenatural, do incomum. Nenhum médico explica uma pessoa sendo curada de AIDS, mas pela fé ela pode ser curada. Nenhuma fórmula explica uma pessoa andando sobre as águas, mas pela fé, ela pode andar. Entende?
Nessa aventura, engolindo muita água, Pedro certamente não ia morrer afogado, mas tava engolindo muita vergonha e clamou “Jesus, me salva!” (Mat 14:30) Pediu pra ser salvo das suas muitas contas e cálculos e de sua pouca fé. Pediu de volta a coragem constante que o impulsionou no primeiro passo.
Entre o barco e água era apenas um passo, ele conseguiu. Mas entre andar na superfície e afundar, havia ainda muito cientificismo.
Pedro tomou um caldo, Pedro afundou que nem pedra, mas voltou com mais fé.
Que você não se envergonhe do caldo que está tomando, se é que está. Nem se envergonhe de lembrar dos caldos que já tomou, porque só erra quem está fazendo algo, quem está se arriscando. Se Jesus te chamar, vá. No seu bolso só tem uma pequena fé? Vá. Sua racionalidade começa a te empurrar pra baixo? Não desista, tente mais um pouco. O máximo que vai te acontecer é ser abraçado por Jesus e algum tempo depois receber uma segunda, terceira ou milésima chance pra fazer dar certo.
Jesus curte pegar pedras que um dia afundaram por falta de fé e sobre elas edificar coisas belas. Vide Mateus 16:18.
Paz!
Lenara
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